Vamos falar de casa segura e “à prova de crianças”?

Falar de segurança em casa porquê? Este é o sítio mais seguro para o nosso filho!

Falar de segurança em casa porque os acidentes domésticos são a principal causa de morte até aos 18 anos de idade, sabiam? Pois é. Naquela que consideramos a nossa “bolha”, onde temos o nosso conforto, é onde residem inúmeros perigos para a vida dos nossos filhos. Lá fora também existem, claro, mas sendo este o nosso espaço a tendência é facilitar na permanente vigilância das crianças. 

No meio da algazarra contínua de um dia, o silêncio que de repente se faz sentir sabe tão bem, mas muitas das vezes significa que aquele ser de palmo e meio descobriu alguma coisa que provavelmente representa perigo para a sua segurança.

Segredos que vos queremos passar

• Segredo nº1: Nunca facilitar! “O seguro morreu de velho”

• Segredo nº2 (mais difícil para nós adultos): pormo-nos no lugar da criança, no seu tamanho e tentar ver o mundo com os seus olhos.

Este poderia ser um artigo sem fim à vista, pois no que concerne a medidas de segurança, a lista torna-se quase interminável. No entanto, há cuidados que todos já ouvimos falar: não deixar medicamentos, detergentes ou outros produtos tóxicos ao alcance da criança, proteger esquinas de mesas e móveis, não dar objetos pequenos (já olharam para os íman do vosso frigorifico?), proteger tomadas, etc. 

Por isso, decidimos falar-vos sobre outras medidas que provavelmente poderão não ser tão regularmente faladas e pensadas por nós. 

Segurança no sono

• O bebé deve dormir de barriga para cima em berço, com grades, em colchão firme e completamente ajustado ao tamanho do berço

• Atenção à altura das grades relativamente ao colchão, pois quando eles já se conseguem pôr em pé (e por vezes sentar), o risco de queda do berço é uma realidade. 

• A temperatura do quarto deve ser amena (e nós que temos sempre tanto medo que os nossos bebés tenham frio), pelo que não devem ser colocadas fontes de calor junto ao berço do bebé. Atenção ao sobreaquecimento!

Segurança na muda da fralda

• Garantir que temos todo o material necessário para a mudança da fralda junto a nós, sem termos de nos ausentar, afastar do bebé ou mesmo virar as costas. Esse segundo pode ser fatal!

• Sabemos que as crianças maiores não param quietas. Quantos de nós já viu ou já deu a embalagem do creme ou pomada para o bebé explorar enquanto tentamos mudar a fralda? Meio caminho andado para a ingestão acidental desse produto. 

Curiosidade: sabem o número do Centro de Intoxicação Anti-Venenos? 800 250 250

Segurança na cozinha

• Quando estamos a cozinhar, dar preferência aos bicos de trás do fogão, pois são aqueles que estão mais longe do alcance da criança.

• Quantos de nós tem o cuidado de colocar as pegas dos tachos e frigideiras para o lado de dentro do fogão? “Ora está a cheirar tão bem e até já tenho fome, deixa cá espreitar o que é que os meus papás estão a preparar para mim!” – Queimadura!

• O mesmo se passa em cima da mesa. Como põem a vossa mesa? Toalhas são desaconselhadas. A criança tem facilmente acesso a uma ponta da toalha, puxando e correndo o risco de se magoar com objetos cortantes ou queimar com a refeição que já foi servida nos pratos. 

Segurança na casa

Muitos de nós quando mobilou e decorou a sua casa ainda não haviam crianças a entrar na equação. Então, agora lançamos-vos o desafio de analisarem a vossa casa ao pormenor nesta nova realidade:

• Existem móveis ou objetos trepáveis e que permitam chegar a outros ou a janelas? Risco de queda!

• Existem fios de aparelhos eletrónicos, eletrodomésticos ou carregadores de telemóvel espalhados e desenrolados? Risco de asfixia!

• Os tapetes têm uma base antiderrapante por baixo para a criança não escorregar? Risco de queda!

• As pilhas são uma realidade em tantos objetos: comandos de televisão, balanças, relógios, brinquedos… A abertura das tampas é “à prova de criança”? Risco de intoxicação!

• Quando as torneiras estão reguladas para o quente, como é a temperatura da água? É muito quente? Crianças adoram brincar com água. Risco de queimadura. 

A verdade é que o risco espreita em todos os lados e momentos. Sabemos que os acidentes são uma realidade tão frequente e que, inevitavelmente, mais cedo ou mais tarde, vamos viver uma qualquer situação que vos vai colocar o coração à prova. 

Assim, para além de termos o conhecimento destes e outros riscos que podem estar presentes na nossa e na vida do nosso filho, munirmo-nos ao máximo de conhecimento e formas de atuar em caso de acidente, através de formação em PRIMEIROS SOCORROS PEDIÁTRICOS, são as medidas que estão ao nosso alcance para prevenir ou eventualmente conseguir atuar em caso de acidente efetivo. 

Saber atuar não poderá fazer a diferença entre a vida e a morte. A vida não tem preço! Encontramo-nos em Novembro neste curso incrível? 🥰