O 1º mês do bebé: vamo-nos preparar? 10 dicas que ajudam a tranquilizar

Qual o casal grávido que nunca ouviu “Prepara-te! O 1º mês em casa não é nada fácil!”? 🙂 Gerir toda a informação e o começo de uma nova vida com um bebé é motivo de preocupação? Este artigo é para ti!

Lembraste do que referi no artigo «O tão esperado momento: Da maternidade para casa» sobre as hormonas femininas? E sobre toda a ansiedade dos pais ao chegar a casa sozinhos com o bebé? Isto porque já não está à mão a campainha do hospital, com a enfermeira que em 5 minutos ajuda a perceber o que se passa com o bebé…

As hormonas pelo ar, a abstinência do sono, as mamas que doem, as refeições que são feitas à pressa, o bebé que chora, o marido que pergunta pela camisola “azul”, o monte de roupa para passar que aumenta, a sogra que solta um palpite bem como a avó que quer dar banho…! E uma nova mãe que só pede para que o bebé volte à barriga, onde tudo era tão mais fácil! 😉

Mas NEM TUDO SÃO DIFICULDADES! Ou nem tudo serão dificuldades se, desde cedo, ainda na gravidez, forem definidas ESTRATÉGIAS, em casal e em família, PARA QUE O 1º MÊS E OS SEGUINTES sejam o mais tranquilizadores possível.

Apesar de estarmos de quarentena e com medidas restritas que ainda impedem visitas à maternidade e convívios familiares, não sabemos quando a situação vai melhorar e nos permitirão regressar à normalidade que tanto desejamos. Deixo-vos, desta forma, SUGESTÕES que colocámos em prática e nos ajudaram a vivenciar esta fase da melhor maneira possível, apesar de todas as dificuldades que também nós sentimos:

1.) ACREDITAR EM SI, ENQUANTO PAI E MÃE

Serão sempre os melhores pais do mundo para o vosso filho! O instinto vai comandar-vos sempre! PRIMEIRO GRANDE PRINCÍPIO 🙂

2.) CONVERSAR EM CASAL SOBRE AS VISITAS À MATERNIDADE E AS VISITAS A CASA;

Dos principais motivos de ansiedade para muitos casais, mas sobretudo para as mães:

– Definir as pessoas que o casal pretende que façam visita à maternidade (no nosso caso, ainda sem pandemia, apenas tios do bebé, avós e uma grande amiga da mamã foram à maternidade);

– Definir as pessoas, horários e momento que o casal pretende que façam visita a casa (com os devidos cuidados nesta altura pandémica – vejam o artigo sobre o tema «visitas ao recém-nascido: 4 cuidados essenciais e 5 estratégias com e sem pandemia»);

– Preparar uma mensagem de texto que o pai do bebé envia aos familiares e amigos informando do nascimento do bebé e do momento mais propício a visitas (o João enviou mensagem a todos com fotografia do bebé, dizendo que quando nos sentíssemos preparados para visitas informaríamos);

– Ser explícitos e concisos na informação a dar à família mais próxima, para que compreendam o desejo do casal (fomos sinceros com a nossa família e amigos relativamente às visitas e cuidados a ter com o recém-nascido nesta fase).

3.) CONVERSAR EM CASAL SOBRE OS GOSTOS E OS DESEJOS DE CADA UM;

Exemplos nossos:

– Sempre foi meu desejo, nos primeiros dias, não ser interrompida a amamentação para dar atenção a visitas. O João compreendeu, claro;

– Se fosse necessário dar leite artificial e não materno, o nosso desejo era que fosse dado o biberão pela mãe ou pelo pai;

– Igualmente, ambos não queríamos que o bebé fosse acordado para alguém o pegar, independentemente de quem fosse a visita;

– Fazíamos questão de ter um desinfetante à entrada, para as visitas desinfetarem as mãos.

4.) ORGANIZAR A CASA PREVIAMENTE PARA RECEBER O BEBÉ;

Refiro-me a decidir onde será dado o banho, onde serão trocadas as fraldas durante o dia e durante a noite, se a mãe dá de mamar na cama ou em cadeirão no quarto, etc.

No nosso caso, como já vos tinha dito, moramos numa moradia com primeiro andar, onde estão os quartos. Como o João Maria nasceu em Setembro, para evitar alterações de temperatura, decidimos desde cedo dar banho no quarto dele. Contudo, como os dias eram e são passados no rés-do-chão, temos para durante o dia um trocador na casa de banho e outro no quarto dele para o período noturno.

Do mesmo modo, no que diz respeito às mamadas, nunca consegui fazê-lo na nossa cama. Ou é a cama que tem defeito ou sou eu que sou esquisita 😉 Arranjámos um cadeirão confortável para o nosso quarto onde dei sempre de mamar até o bebé mudar para o quarto dele.

5.) CONVERSAR EM CASAL SOBRE OS HORÁRIOS DE DESCANSO PARA CADA ELEMENTO DO CASAL;

Exemplo: a mãe dá de mamar e vai descansar; o pai coloca o bebé a arrotar, vê a fralda e toma conta do bebé. Quando o bebé acorda de novo para mamar, a mãe fica com o bebé e o pai vai descansar.

6.) FAZER LISTA DAS TAREFAS DA CASA;

Tarefas a serem cumpridas pelo casal ou tarefas a pedir auxílio a alguém (se há uma avó interessada em ajudar, que bom! Pode ajudar nas tarefas domésticas e deixar os cuidados ao bebé para a mãe e/ou o pai). 😉

7.) FAZER UMA EMENTA SEMANAL

No artigo «Como aliar hábitos saudáveis a poupança económica? Para grávidas, mamãs e não mamãs» nalguns dos truques que vos falei, destaquei a importância da ementa semanal. Sobretudo do quão se tornou imprescindível para mim, para que começasse a perder menos tempo na cozinha. Aqueles minutos que passam a ser indispensáveis para o nosso bebé 🙂

8.) FAZER UMA LISTA DOS RESTAURANTES TAKE AWAY PARA EVENTUAL NECESSIDADE

Não sou muito apologista de take away mas confesso que há situações em que tem de ser! E nesta fase, neste primeiro mês, muitas são as adaptações, pelo que o tempo para a cozinha começa a escassear. Ter esta alternativa em hipótese é sempre bom.

9.) CONHECER AS REDES DE APOIO NA SOCIEDADE

É tão importante os futuros papás se prepararem previamente:

– Informarem-se do cantinho de amamentação da maternidade onde desejam ter o bebé (a maioria das maternidades portuguesas dispõe deste espaço de apoio à amamentação);

– Informarem-se da conselheira de amamentação mais próxima, em caso de necessidade;

– Inteirarem.se e conhecerem os profissionais de saúde do centro de saúde de referência e/ou conhecerem previamente o pediatra que seguirá o bebé.

10.) PENSAR NUMA PESSOA DE REFERÊNCIA PARA AJUDAR COM AS TAREFAS DOMÉSTICAS E PEDIR AJUDA, SEMPRE QUE NECESSÁRIO

Um ponto que deixo para o fim mas que não lhe atribuo menos importância. É fundamental sabermos quando pedir ajuda mas, sobretudo, a quem pedir ajuda. Definir previamente isso será uma mais-valia e vai conferir segurança ao casal.

 

Faz-vos sentido? As grávidas e grávidos, como se sentem depois destas sugestões? E quem já teve os seus bebés, revê-se nalguma prática aqui descrita? 

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3 Comments

  1. Ana Raquel Fardilha

    Olá Andreia! Eu sei que este post já tem algum tempo, mas só agora é que o li…

    Quando o meu filhote nasceu, também só foram à maternidade os tios e os avós dele e em visitas super rápidas, o que deixou MUITA gente zangada. Quando voltámos para casa, tínhamos pessoas a tocarem à campainha sem aviso prévio para verem a criança, familiares a queixarem-se de que não os deixávamos estabelecer laços afetivos com o bebé por querermos marcar horas específicas para visitas (com número máximo de pessoas e visitas curtas), familiares que simplesmente enviavam mensagem a dizer “logo passo aí para ver o bebé” e familiares que até deixaram de nos falar por causa destas “restrições” ou “imposições”, como eles diziam. Quando nos vinham visitar e eu entretanto tinha de dar de mamar, surgia logo cara feia por eu me fechar no quarto com o meu filho e a pergunta “então mas a que horas é que ele mamou?”. Então quando eu respondia “ele mama quando quer e, se não quiseres ficar à espera, demora sempre uma hora”, saía-lhes logo fogo por todos os orifícios e mais alguns! E podia estar aqui a contar mil e um exemplos. Foi um assunto mesmo muito stressante, que nos magoou demasiado e que acabava por interferir muitas vezes na nossa união enquanto casal, apesar de termos falado imenso enquanto estávamos “grávidos”.

    Por isso, se alguém ler as minhas palavras e estiver a pensar ir conhecer o bebé de alguém, preocupe-se primeiro em perguntar aos pais como estão a organizar tudo e, no dia em que tiver combinado, pergunte primeiro se sempre é um bom momento ou não.

    Tema maravilhoso Andreia, deve cair que nem uma luva a muuuuuuitas famílias! Beijinho grande

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    • Enf Andreia

      Que excelente partilha Raquel! Obrigada de coração pelas tuas palavras 🙂 Espero que muitas mamãs e papás, mas sobretudo “possíveis visitas” venham ler o que escreveste 🙂

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  2. Claudia Amaral

    Apesar de ser extremamente organizada não tenho sentido necessidade de elaborar lista de tarefas domésticas nem ementa semanal. Considero curiosa esta última ❤
    Partilho de algumas ideias e vontades no que ao início de vida dos babies diz respeito, mt embora tenha sido pacífico, no geral…

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