Sinais de alarme em pediatria: hospital ou centro de saúde?
Ser mãe e pai, por si só, já é motivo de preocupação: preocupamo-nos porque o bebé não dorme, preocupamo-nos porque o bebé já dorme há 5h, preocupamo-nos porque o bebé não mama, preocupamo-nos porque o bebé mamou “de mais”, preocupamo-nos porque o bebé fez cocó e preocupamo-nos porque o bebé não fez cocó… Afinal de contas, quando é que a maternidade e a paternidade não preocupam? 🤷♀️
A realidade é que ninguém melhor do que a mãe para conhecer o seu filho! Aquela criança feliz, sorridente, que brinca e come bem, de um dia para o outro aparenta-se mais parada, menos interessada em brincadeiras, com menos apetite… Algo se passa! E aí, o radar materno dá sinal! O instinto e o conhecimento sobre o seu filho estão acima de tudo na decisão daquela mãe ir ou não com o seu filho a uma instituição de saúde.
A decisão que recai sobre ir ou não ir à urgência hospitalar tem muito que ver com o estado geral do bebé / criança. Nem sempre a situação justifica a ida a uma urgência hospitalar. E neste tempo de pandemia, as famílias têm vindo, cada vez mais, a ponderar esta decisão e a optar por contactar os centros de saúde da área de residência, ou a linha S24 / 112 antes de sair de casa.
Não venho aqui dizer-vos para não irem ao hospital! Não posso nem devo fazê-lo. Venho sim informar-vos do quão o centro de saúde pode ser uma alternativa excelente em determinados casos e da importância de contactarem a linha Saúde 24 (808242424) sempre que a dúvida existe. Não esquecer que, em meio hospitalar, o risco de contágio de qualquer outra doença para o bebé/criança é superior.
Não sei se devo levar o meu filho à URGÊNCIA HOSPITALAR ou ao CENTRO DE SAÚDE. O que fazer?
⛔️Antes de mais, referir-vos que, em caso de dúvida:
DEVEM LIGAR SAÚDE 24 (808242424) OU 112.
É aqui que têm disponíveis profissionais de saúde preparados para, pelo telefone, avaliar a situação da criança e encaminhar-vos para a instituição de saúde mais adequada. Sejam concisos e objetivos na INFORMAÇÃO QUE TRANSMITEM AOS PROFISSIONAIS:
– QUEM (idade do bebé/criança)
– O QUÊ (tipo de acontecimento)
– QUANDO (hora e minutos)
– ONDE (com pontos de referência)
– COMO (foi administrado algum medicamento? foi feita alguma intervenção?)
⛔️ Cada vez mais a rede de cuidados continuados está melhor preparada para receber as mais variadas situações de saúde.
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS SÃO PARA SEREM OBSERVADAS NO HOSPITAL A NÃO SER QUE O CENTRO DE SAÚDE DA VOSSA ÁREA DE RESIDÊNCIA TENHA ATENDIMENTO COMPLEMENTAR (AC) e o bebé/criança não apresente os sinais de alarme seguidamente expostos.
Os centros de saúde têm médico e enfermeiro, devidamente capacitados para observar o bebé/criança em casos como:
➖ Cólica no recém-nascido / bebé;
➖ Dificuldades na amamentação;
➖ Febre (sem nenhum dos sinais de alarme que podem estar associados);
➖ Dor de garganta;
➖ Dor de ouvidos;
➖ Dor de barriga ligeira a moderada;
➖ Obstipação;
➖ Episódio de vómito (sem manter vómitos continuamente);
➖ Episódio de diarreia sem recusa alimentar TOTAL associada;
➖ Dor nalgum membro, sem traumatismo associado;
➖Dúvidas dos pais;
(…)
QUE SINAIS DE ALARME EM PEDIATRIA?
Em Pediatria, um conjunto de sinais de alarme são critério para ida à urgência hospitalar ou, na dúvida, contactar S24 / 112 entre os quais:
⚠️ Bebé com idade « 3 meses com febre (consultarartigo «febre: sinais de alarme»);
⚠️Sonolência excessiva (em horário incompatível com as sestas habituais);
⚠️Total ausência de apetite por 2 a 3 refeições seguidas (incluindo recusa de líquidos);
⚠️ Palidez acentuadacom olheiras marcadas e língua branca;
⚠️Respiração muito rápida e irregular;
⚠️ Lábios e/ou unhas roxas;
⚠️ Vómitos repetidos com intolerância alimentar / líquidos mesmo após período de pausa alimentar recomendado ou com vestígios de sangue;
⚠️Diarreia intensa, com intolerância alimentar / líquidos mesmo após período de pausa alimentar recomendado ou com vestígios de sangue;
⚠️Urina alaranjada/acastanhada com cheiro intenso;
⚠️ Irritabilidade mantida, sem consolabilidade com o mimo materno (ou de pessoa de referência) e/ou com gemido associado;
⚠️ Tremores descoordenados, intensos e prolongados.
⁉️ Em caso de dúvidaDEVEM LIGAR SAÚDE 24 (808242424) OU 112
Qual o circuito que espera o meu filho no hospital?
Primeiramente, quando se chega ao hospital, por situação urgente é feita a ADMISSÃO na urgência de pediatria. É aqui que o administrativo questiona um dos pais relativamente ao motivo de ida ao hospital (se por doença ou por acidente);
De seguida vão à TRIAGEM, que é feita por enfermeiro. Aqui, o pai OU a mãe que acompanha a criança, explica o motivo de ida à urgência, pormenorizadamente: o que aconteceu, como e quando (horas); se foi administrado algum medicamento e em que horário. Pormenores que considere pertinentes e/ou o enfermeiro questione;
Na SALA DE ESPERA, acompanhante e criança aguardam a chamada pelo médico para o GABINETE DE OBSERVAÇÃO MÉDICO, onde este profissional observa a criança e solicita os exames e/ou tratamentos necessários;
Eventualmente, a criança pode carecer de cuidados de enfermagem em SALA DE TRATAMENTOS, sempre com acompanhante;
Poderá ainda ter de se deslocar, dentro do hospital, com acompanhante e/ou com assistente operacional/enfermeiro/médico (mediante a gravidade da situação) para realização de exames ou consulta por outra especialidade;
Na eventualidade da criança necessitar de INTERNAMENTO (provisório na urgência ou permanente no serviço de internamento), ser-lhe-ão explicados os procedimentos a seguir.
NÃO ESQUECER:
⁉️ Em caso de dúvidaDEVEM LIGAR SAÚDE 24 (808242424) OU 112
Bastante elucidativo, conciso e objetivo, num tema que acredito seja uma preocupação gigante para muitos.
No nosso caso em particular nunca fomos apologistas de ir ao SU por qq razão, de todo… e pq, como bem dizes, ngm melhor que a mãe para avaliar o seu bebé (totalmente de acordo!), fui sabendo gerir os momentos e sintomas, consoante assim revelassem razão para maior preocupação e consequente necessidade de acompanhamento médico e/ou de enfermagem ou não… É uma benção enorme ter filhos saudáveis e sem grandes problemas de maior!! Cada vez mais me convenço.
É certo que a integração na creche, no caso da Íris, originou tudo o que foi ites, vários antibióticos seguidos em pouco tempo (média de 1 por mês num espaço de cerca de 5/6M), algumas dores de cabeça e angústia, mas nada de maior…
Parabéns pelo artigo, que acredito esclarecerá as dúvidas de alguns pais, entre ir ou não ir e porquê 🙂 ❤
Ah, e porque não o disse no comentário anterior, tenho a sorte e o privilégio de te ter, como irmã, tia, madrinha e enfermeira pediátrica, o que me tem valido muito em vários momentos! ❤❤❤
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Wow, that’s what I was exploring for,
what a information! existing here
at this webpage, thanks admin
of this web site.
THANK YOU 🙂
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No nosso caso em particular nunca fomos apologistas de ir ao SU por qq razão, de todo… e pq, como bem dizes, ngm melhor que a mãe para avaliar o seu bebé (totalmente de acordo!), fui sabendo gerir os momentos e sintomas, consoante assim revelassem razão para maior preocupação e consequente necessidade de acompanhamento médico e/ou de enfermagem ou não… É uma benção enorme ter filhos saudáveis e sem grandes problemas de maior!! Cada vez mais me convenço.
É certo que a integração na creche, no caso da Íris, originou tudo o que foi ites, vários antibióticos seguidos em pouco tempo (média de 1 por mês num espaço de cerca de 5/6M), algumas dores de cabeça e angústia, mas nada de maior…
Parabéns pelo artigo, que acredito esclarecerá as dúvidas de alguns pais, entre ir ou não ir e porquê 🙂 ❤
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<3 sempre aqui! 🙂
Obrigada uma vez mais!! Esta partilha é excelente para todas e todos nós 🙂