Antes de ser mãe já pensava desta forma: sabia que, um dia, aquilo em que gastaria efetivamente dinheiro com um filho, seria em tudo o que se relacionasse com segurança. Não via nem vejo outra coisa tão importante em que deva investir. Fico feliz do meu marido pensar como eu 😍
No dia 14 de Setembro de 2020, a Dr.ª Sandra da APSI (Associação para a Promoção da Segurança Infantil) juntou-se a mim em live para me ajudar a responder a todas as vossas questões principais. É um tema que dá “pano para mangas” 😆 De qualquer forma, procurámos ir ao encontro do esperado por vós, ajudando-vos, uma vez mais, a descomplicar.
Não conseguiste assistir à live?
Podes encontrá-la no IGTV do instagram @SOSMAMAPT.
Primeiramente, é muito importante que esta primeira cadeira seja experimentada antes da compra. É um aspeto difícil? Claro! Não são todas as lojas de puericultura a permitir tal prática? Não! Mas cada vez mais existem possibilidades de negociação, no sentido de, todos juntos, ajudarmos o casal a decidir o melhor e, sobretudo, o mais seguro!
Nem sempre segurança é sinónimo de preço elevado. Claro que o preço influencia, mas existem muitas cadeiras no mercado, devidamente homologadas e a preço não tão elevado.
Porque a cadeira melhor para um casal pode não ser a mais adequada a outro casal. Em suma, é preciso ter em consideração as seguintes variáveis:
- Dia-a-dia do casal / família (quem leva o bebé à creche, à ama ou aos avós? É o mesmo elemento do casal que vai buscar? Ou são necessários dois carros para o efeito e, portanto, duas cadeiras? Ou ainda, há alguma alternativa que permita deixar a cadeira no espaço onde fica o bebé de forma a ser posteriormente levada por quem o vai buscar?);
- Que automóvel tem o casal? A cadeira adapta-se bem?
- E o bebé? Características do bebé que possam influenciar na decisão? A cadeira confere conforto àquele bebé?
Dizer para não comprar em 2ª mão vem no sentido de fazermos o maior esforço possível para não o fazer. É difícil em termos económicos? Claro. E o que fazer à cadeira do nosso bebé se já não queremos ter mais filhos? São tudo questões pertinentes, é verdade. Mas pensemos:
- Conseguimos garantir a 100% que não houve envolvimento da cadeira em acidente de viação?
- A cadeira não esteve em ambiente propício à degradação do material? A cadeira esteve guardada num sótão com humidade? Permaneceu muito tempo dentro de um automóvel que não está, habitualmente, em garagem, mas sim exposto à luz solar?
É fulcral pensarmos nestes aspetos e no risco-benefício da decisão final. Se conseguirmos fazer um mealheiro, ótimo! Por exemplo, uma cadeira de 400€ equivale a 1€ por dia durante 1 ano 😍
No que diz respeito às folgas, é importantíssimo que tenhamos em consideração que é o cinto interno aquele que mais garante segurança ao nosso bebé. É fulcral que exista, no máximo, um dedo de folga entre o ombro do bebé e o cinto. O mais próximo possível da pele do bebé, sem casacos ou roupa muito grossa que confira falsa noção de segurança.
Por último, mas não menos importante. Muito importante, diria eu: a contra-marcha. Em regra, com obrigatoriedade até aos 18-24 meses, mas totalmente aconselhada pela APSI, baseada nos estudos mais recentes de acidentes de viação com envolvimento de bebés e crianças, até aos 4 anos.
Claro que nenhum polícia vai multar o pai ou a mãe que leve a criança no banco da frente, com airbag desligado. Mas garantidamente que o preocupante não é a multa! Mas sim a evidência que a permanência do bebé/criança no banco traseiro confere maior segurança, se em contra-marcha, claro.
Aliado a isso, podemos associar (e devemos) um espelho retrovisor, por onde conseguimos vigiar o nosso bebé e, em caso de necessidade, parar a viatura para acalmar o bebé.
Esperamos que vos tenha sido muito útil.
Como foi / está a ser a decisão da cadeira a comprar para o vosso bebé? Pensaram em todos estes pormenores?
0 Comments