São muitas as grávidas que me têm pedido este tema. Acredito que pelo medo do seu próprio parto. Confesso-vos que também eu era assim. Sempre me considerei uma pessoa pouco tolerante à dor. Explico-vos exatamente como correu este momento e como se transformou numa emoção incrível no artigo «”Levei as mãos à frente e toquei-lhe nos ombros” – o milagre em 8 minutos».
Desta vez trago-vos um artigo que reflete a experiência de 13 mamãs, com idades compreendidas entre os 22 e os 37 anos. Todas elas se disponibilizaram para me responder a um conjunto de questões, com todo o anonimato e privacidade garantidos. Hoje, deixo-vos relatos emocionantes e que espero que vos ajudem a melhorar a ansiedade do momento que aí vem. Vão perceber, sobretudo que, cada mulher vive este momento de forma única e especial:
💏 Qual era a expectativa relativamente ao parto, antes de engravidar?
Ansiedade para chegar o positivo, para dar um irmão à primeira filha. Saber que a nossa vida ia mudar de novo
Sempre sonhei ser mãe mas tive medo e receio da epidural e de como pudesse ser o parto em si (tive um aborto aos 17 anos)
Expectativa péssima antes do parto. Muito medo
Medo do parto, de quando chegasse a minha vez. Sempre sonhei ser mãe portanto sabia que teria de passar por um dos tipos de parto
Quando aceitei que não existe a altura ideal para engravidar, então decidi não pensar. À medida que ia realizando os exames de rotina, a vontade de ser mãe tornou-se cada vez mais forte. Ficámos tão felizes com o positivo. Precisei de fazer o teste sozinha, “não conseguia lidar com as minhas expectativas e com as dele em simultâneo”. Imediatamente me lembrei de várias historias de partos, que me tinham contado
Medo, pensava que não conseguiria
Sempre sonhei ser mãe
Tentei não ter muita expectativa porque tive um problema na anca e sabia que as coisas podiam não correr como gostaria
Antes de engravidar queria muito uma cesariana, tinha muito medo do parto normal
Gravidez super planeada com pai e mãe a fazerem análises antes de todo o processo
Sempre tentei não pensar muito no assunto, nem antes nem durante a gravidez.
Antes de engravidar expectativa má. Medo do parto, das contrações, de não conseguir fazer bem os exercícios e respirações.
🤰🏽 Depois de engravidar a sua opinião mudou?
A opinião mudou um pouco mas o medo que algo corresse mal continuava
Tudo melhoru durante a gravidez.
Mudou com a ajuda de uma boa profissional de saude que me acompanhou até ao fim da gravidez e me ajudou a perceber que todo o processo era maravilhoso
Uma gravidez fruto de um ex-relacionamento, engravidei após ter removido método contracetivo. O pai da bebé não quis que seguisse com a gravidez, segui sozinha. Não gostei de estar grávida, unicamente de sentir o bebé mexer. Passei todo o processo sozinha. Tentei pensar pouco no parto enquanto estava grávida, tinha algum medo
Permiti-me não pensar muito no parto até realizar o curso de preparação para o mesmo. FOI O MELHOR QUE PODIA TER FEITO. Deu-me as ferramentas para saber o que podia ou nao acontecer, quais as opções. As técnicas ensinadas moldaram completamente a forma como vivenciei o parto, bem como o meu estado psicológico
Engravidei e a minha vontade em ter uma cesariana mudou
Não fosse a tensão sempre baixa e tudo seria perfeito
A ideia do parto nunca foi um bicho papão para mim. Sempre ouvi muitas histórias, umas boas e outras menos boas, mas nunca me afetou, sempre pensei que seria como tivesse de ser. Sempre tive ideia que não queria epidural, queria sentir o que era o parto. Presentemente, se voltar a engravidar, vou manter a postura sem epidural (pelo menos é a minha ideia)
Tive diabetes gestacional, que me causou ainda mais medo e ansiedade para conhecer a minha filha, estava radiante pela gravidez e ao mesmo tempo na dúvida se seria boa mãe ou não
Após engravidar, evitei pensar no assunto. Aproximando-se o dia era inevitavel pensar. Confiante pelo curso de preparação para o parto, mas com medo
Pensava que a gravidez fosse melhor. Sofri muito com nauseas, vómitos e no fim muita azia
Perdi um bebé às 12 semanas de gravidez. Foi muito duro. Passados 2 meses engravidei de novo, fiquei logo de baixa de gravidez de risco. Gravidez baseada no medo, muito medo, muitos sustos, muitas perdas, muitas batalhas. Mesmo em repouso, tive descolamento da placenta às 19 semanas. O parto foi induzido às 38 semanas
Depois desta gravidez só fiquei ainda com mais certeza que quero ter mais filhos
👶🏽 Como foi a sua experiência de parto?
A experiência foi maravilhosa: parto normal com tudo a correr bem. Entrei às 10h e a bebé nasceu às 19h07. Com medo da epidural, quis levar (claro!) e nao doeu nada. O parto foi maravilhoso e a equipa maravilhosa, a fazerem-me rir e tudo sem pressa, com calma
O parto foi cesariana devido à cesariana anterior. A equipa hospitalar foi excelente a todos os níveis e ter o meu marido a assistir nos dois partos, foi incrível. Escolhemos a música que daria durante o parto e tudo! O que mais me marcou foi o momento em que as peguei ao colo pela primeira vez e as contemplei
Experiência maravilhosa, parto normal tudo a correr bem. Tinha muito medo da epidural mas quis levar na mesma e não senti qualquer tipo de dor. O parteiro foi incrível, a fazer rir, sem pressa, otima equipa
O pai assistiu, consegui ter a bebé sem epidural (como desejava!), apenas com a ajuda da ocitocina. Quis sempre sentir a minha filha a vir ao mundo. Quando as contrações se tornaram insuportáveis chamei o médico e a bebé estava pronta a nascer, dilatação completa. Quando a bebé chorou, colocaram-na no meu peito e naquele momento esqueci tudo. Só pensava que ela estava alí, bem
12h de trabalho de parto– Pedi epidural mas, pela escoliose, não resultou. Não melhorava a dor e a dilatação não avançava. Quando já tinha a dilatação completa, não sabia fazer a força necessária. Depois de muito esforço, consegui tirar o corpo da bebé de dentro de mim porque o parteiro permitiu. Puxei-a e pu-la nos meus braços. Não há palavras. Ela nasceu e eu renasci
A minha irmã assistiu ao parto. A minha irmã vestiu a menina, amou o momento e ajudou-me muito. Estimulou-me e motivou-me a fazer os exercicios na bola para a sobrinha nascer
Às 38 semanas voltei ao hospital por diminuição dos movimentos fetais e tentaram indução do parto, mas não fazia dilatação. O pai esteve sempre presente. Às 20h, depois de 26h de bolsa rota, um médico decidiu cesariana. Após o parto, a bebé precisou de ficar internada. Não amamentei, não fiz contacto pele a pele, não pude tocar a minha filha quando nasceu. O dia do parto não foi o mais feliz da minha vida. Passar para o quarto sozinha foi um grande vazio. Nem o pai pôde ficar comigo. Felizmente depois tudo terminou bem
A visita à maternidade foi ótima, para sentir mais à vontade naquele sitio. O parto não fugiu muito daquilo que tantas vezes imaginei. O meu namorado colocou música, falou comigo, fez-me rir, deu.me mimos. Levei epidural. Fui elogiada pelos profissionais e isso ajudou a que confiasse neles logo de inicio. O momento mais esperado e especial da minha vida. É indescritivel aquele primeiro olhar
O parto em si foi fácil, as contrações foram horríveis e quando me deram a epidural fiquei nas nuvens. Estive 16h em trabalho de parto, a menina nasceu após toda a dilatação, foram só 7 minutos a fazer força. O meu namorado assistiu. O melhor momento foi quando a colocaram em cima de mim
Não correu como gostaria, pois até ao final da gravidez disse sempre à médica que queria tentar um parto natural, o que não aconteceu porque a anca não colaborou e tive de fazer cesariana de urgência. O pai assistiu o que foi marcante pois achávamos que não seria possível
Sempre quis cesariana e no final tive um parto rápido e sem dor
A experiencia foi má. Não estava preparada psicologicamente para uma cesariana de urgência, sem o meu namorado poder assistir. Fiquei nervosa, com medo de tudo e mais alguma coisa, fartei-me de chorar, mas todos os profissionais naquela sala me tentaram acalmar. Foram incansáveis e tudo correu bem no final
Dilatação extremamente rapida. Levei epidural. Teve de ser cesariana pelo risco – dilatação muito rápida mas bacia muito estreita e bebé com ombros muito largos. Pediram para não fazer força porque o bebé não podia nascer assim. A minha mãe acompanhou-me no parto. Levei anestesia geral e, quando acordei, ouvi o choro do meu bebé no colo da minha mãe
😍 Pode descrever essa experiência numa palavra?
Maravilhosa
Única e maravilhosa, abençoada
Única e maravilhosa
Gratidão por a minha filha estar viva e estar do meu lado. Gratidão pelos profissionais da neonatologia. Não são enfermeiros e médicos, são anjos
Marcante. Sobretudo olhar a minha filha, ouvir o choro, enquanto o meu marido me segurava a mão
Renascimento
Indescritível
Meu mundo cor de rosa
Preocupante
Amor
Entrega: entreguei-me completamente à gravidez e à minha filha
Não tenho
Felicidade
Eu arrepiei-me ao ler o artigo no final. E vocês? Como se sentem? Quem já passou por esta experiência o que tem a dizer?
0 Comments