O que não pode faltar na mala de primeiros socorros do bebé?

“A sério que temos tanta coisa com que nos preocupar na chegada de um bebé e ainda temos de pensar numa mala de primeiros socorros? Nunca antes tivemos uma em casa!” 😉

Quem se identifica?

Pois é! Se antes tinhamos numa gaveta da casa de banho uma caixa de Paracetamol (benuron) e outra de Ibuprofeno (brufen) e quando nos cortávamos “íamos alí à vizinha do lado pedir um penso” ou quando “estávamos a vomitar a mãe ou a avó preparavam aquela canjinha milagrosa”, agora que planeamos a vinda de um bebé para casa é muito importante dedicar um bocadinho do nosso tempo a preparar uma mala de primeiros socorros. Quem diz uma mala, diz uma caixa. O que preferirem 🙂

Não tem de ser uma mala tão bonita como a da fotografia 🙂 Mas digo-vos: custou 12€ na loja do amigo chinês 😉 Qualquer mala/caixa serve para o efeito pretendido. Será, pois importante responder a três questões essenciais:

 

O QUE NÃO PODE FALTAR NA MALA DE PRIMEIROS SOCORROS DO BEBÉ?

Uma lista! Sim, uma lista! Façam uma lista do material que compõe a mala, para que nunca vos falte o essencial e rapidamente encontrem o que precisam. A lista da nossa mala está colada por dentro da tampa. Seja porque o bebé tem secreção ocular, ranho, cólicas, febre, diarreia, vómitos, uma ferida simples, ou qualquer outro motivo que vos faça abrir a mala.

Cá em casa, como a nossa mala tem 2 compartimentos (superior e inferior), organizei-a da seguinte forma:

COMPARTIMENTO SUPERIOR (destinado a material não medicamentoso):

– pequeno monte de compressas não esterilizadas de tamanho médio 10×10 (compressas tecido-não tecido);

– 2 embalagens de compressas esterilizadas pequenas;

– 1 ligadura pequena;

– adesivo;

– pensos rápidos;

– termómetro.

 

COMPARTIMENTO INFERIOR (destinado a medicamentos):

– 3 blísters pequenos (unidoses) de soro fisiológico;

– 1 embalagem pequena de iodopovidona (betadine);

– xarope paracetamol (ver artigo «analgésicos e antipiréticos em pediatria»);

– xarope ibuprofeno;

– supositórios paracetamol 125mg;

– supositórios paracetamol 250mg;

– supositórios ibuprofeno 75mg;

– supositórios ibuprofeno 150mg;

– 1 embalagem de soro de rehidratação oral;

– bebegel.

A ter em conta na medicação que compõe a mala: verificar frequentemente o prazo de validade.

 

ONDE GUARDAR A MALA DE PRIMEIROS SOCORROS?

Agora temos um bebé pequeno, mas ele cresce. E começa a chegar a todos os sítios. Sim, sim! A criança quando quer chega a todo o lado, acreditem 😉

– É importante, desde cedo ser criado o hábito de guardar os medicamentos em local seguro, se possível numa despensa ou num armário da cozinha, em armário fechado e o mais próximo possível do teto.

Longe da vista, longe da mão 😉

ATENÇÃO os casos de intoxicação medicamentosa em pediatria continuam a ser motivo importante de ida às urgências hospitalares. Dados de 2019 do Centro de Informação Antivenenos (CIAV) dão conta de números bastante elevados, mesmo num século em que a informação está ao dispôr de cada um de nós.

Tinham noção desta problemática?

 

QUEM DEVEMOS CONVENCER A TER UMA MALA DE PRIMEIROS SOCORROS?

É importante que todos, mesmo todos tenham uma mala de primeiros socorros guardada em local seguro da casa e de conhecimento de todos os elementos da família nuclear.

Não se esqueçam de, pelo menos todas as casas onde vão com os vossos filhos, saberem que estão providas de uma mala de primeiros socorros em caso de necessidade. Claro que se vamos à casa da amiga que visitamos 3 vezes ao ano e que não tem filhos, não faz sentido ter uma mala composta por medicação pediátrica. Mas a casa da avó, que ao fim de semana faz sempre o almoço para todos, deve ter, na composição da sua mala de primeiros socorros, pelo menos um xarope de paracetamol e outro de ibuprofeno, não vá o neto pecisar, nalgum dos momentos em que está em sua casa.

E convosco, como tem sido a utilização de medicação aí em casa? Têm tudo guardado numa mala/caixa destinada ao efeito e devidamente sinalizada e guardada em local seguro?

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6 Comments

  1. Ana Raquel Fardilha

    Falta uma coisa nessa mala, Andreia… kit de aromaterapia 😉 Um dia falamos sobre isso! Beijocas

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    • Enf Andreia

      Uowww quero saber tudo querida Raquel 🙂 🙂 Muitos beijinhos

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  2. Claudia Amaral

    Tema mt pertinente!
    Nunca nos ocorreu adotar a forma de caixa de primeiros socorros própria/ dita… Temos mesmo muita medicação em casa, que vou espreitando pelas validades… Mas feliz/ rara/ usamos… Houve já períodos + críticos como a integração da princesa mais velha na creche (aos 2A), o que por si só despoletou variadas “ites”… Mudança de infantário tb e depois certas alturas do ano… Gripes, constipações, febres, questões respiratórias e de pele tb incluídas… Mas não, nunca nos ocorreu essa ideia, que me parece muito útil.
    O mais absurdo é que, dado o meu dia a dia profissional, não sei mm como não me ocorreu criar esta estratégia na vida familiar.
    Obrigada! ❤️

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    • admin

      Que bom, que bom que se tornou útil ler este artigo e encontrar mais uma forma de tornar tudo mais seguro em casa com as pequenas 🙂 Obrigada mais uma vez <3

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  3. Tânia Abrigada

    Sem dúvida um tema muito pertinente e que muitas vezes é negligenciado… não propositadamente mas por falta de conhecimento ou simplesmente.. “trato disso noutro dia..”
    E depois quando acontece alguma coisa é mais difícil agir rapidamente porque temos as coisas espalhadas por vários sítios onde cuidamos dos nossos filhos! Contra mim falo mas já tratei de organizar e já tenho tudo juntinho, sempre a desejar n ter que as usar!

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    • admin

      Tão bom que é útil trazer temas como este 🙂

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