Alergia alimentar: Como se manifesta? O que fazer?

O que é?

Reação a um alimento identificado pelo organismo como agressor. Pode ocorrer num 1º contacto, mas é mais frequente que surja reação num 2º ou 3º contacto, já depois de ter sido criada uma memória imunológica. O sistema imunológico do bebé/criança reconhece aquele alergénio e gera uma defesa (ligeira a grave) que se manifesta de várias maneiras possíveis (sintomas isolados ou em concomitância).

Como se manifesta?

Os primeiros sinais e sintomas surgem em minutos até cerca de 2h após a exposição ao alergénio:

  • Pele: manchas na pele;
  • Respiração: dificuldade respiratória / pieira / respiração ruidosa;
  • Sistema gastrointestinal: vómitos / diarreia / dor abdominal;
  • Sistema cardiovascular (mais graves e menos frequentes): edema da glote / sensação de formigueiro na boca / alteração na tensão arterial / perda de consciência.

Como agir?

Se reação ligeira, o contacto com a S24, com o profissional de saúde que segue o bebé ou com o centro de saúde da área de residência é suficiente.

Uma primeira alergia alimentar (ou suspeita) vai carecer de observação médica, para tratamento adequado. Após isso, habitualmente são necessários testes imunológicos.

Crianças com alergia alimentar identificada, fazem evicção do alimento em causa e os pais têm a medicação adequada em caso de acidente na ingestão do respetivo alimento.

Reação alérgica vs anafilaxia

A anafilaxia acontece numa pequena percentagem de crianças com alergia alimentar, referindo-se a um conjunto de sintomas que ocorrem concomitantemente e metem em causa a vida. A anafilaxia é uma situação emergente e caracteriza-se por edema da glote com consequente alteração na respiração, sensação de formigueiro na língua, diminuição da tensão arterial e, por fim, perda de consciência.

O que fazer?

Idealmente, crianças com alergia alimentar conhecida, devem estar devidamente identificadas e ter sempre consigo (com os pais) um kit de adrenalina e anti-histamínico, para administração em caso de reação anafilática.

Contudo, esta situação pode surgir inesperadamente, sem que seja conhecido algum tipo de alergia alimentar naquela criança.

Se 1º episódio de anafilaxia em criança em que se desconhece qualquer tipo de alergia alimentar: LIGAR IMEDIATAMENTE 112, respondendo adequadamente às questões:

O quê? Como?

Criança de 2 anos que estava a comer amendoim e não consegue respirar.

Quando?

Cerca das 14h, após almoçar.

Onde?

Em Santarém, na Rua Pedro de Santarém, Nº 8, r/c esquerdo, junto à Panitejo.

CURIOSIDADES

Sabiam que se existir história familiar de alergia a algum alimento, não é razão para se evitar esse alimento no bebé que vai iniciar a introdução alimentar? Pelo contrário. É muito importante esta oferta e, claro, a maior vigilância aos sinais possíveis de reação.

Os alimentos mais alergénios são o leite de vaca, o ovo, frutos secos e marisco. Contudo, não há evidência científica que prove que estes não possam ser oferecidos ao bebé a partir dos 6 meses de idade (com exceção do leite de vaca, que está completamente desaconcelhado antes dos 12 meses).

DGS (2012)

ESPGHAN (2017)

DGS (2019)

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