Licença parental alargada: vamos poupar e ficar mais tempo com o bebé?


Este tema foi sempre muito falado cá em casa. Ainda antes de engravidar, já dava comigo a pensar “mas de que maneira posso ficar em casa mais tempo com o meu filho?” Depois de saber o positivo no teste, começámos a planear estratégias para colocar algum dinheiro de parte. Ficar 90 dias a receber a 25% nao seria de todo tarefa fácil, ainda por cima se alguma despesa adicional surgisse.

Licença parental alargada. O que é?

Licença máxima de 90 dias, atribuída à mãe ou ao pai ou a ambos, gozada alternadamente, desde que iniciada logo após o término da licença parental inicial (de 120, 150 ou 180 dias) ou da licença parental alargada do outro progenitor. Tem um valor monetário mensal correspondente a 25% do rendimento mensal bruto.

Para questões relacionadas com a licença parental alargada, consultem o Site da Segurança Social disponível neste link

Se o desejo do casal é conhecido previamente, mais facilmente se reunem esforços para que seja possível gozar a licença parental alargada. É difícil? Claro! Sobretudo para casais cujas despesas mensais ocupam todo o orçamento familiar.

Que estratégias de poupança?

1. Arranjar uma caixa poupança

  • Estipular, desde a gravidez, uma caixa / um mealheiro num local específico da casa, onde coloquem, por semana, um valor estipulado por vós, de acordo com a capacidade económica do casal e as despesas mensais.

Cá em casa optámos por 10€ semanais. Além desse valor, sempre que podíamos, íamos colocando moedas na caixa. Descobri a gravidez às 3 semanas e comecei a poupança às 5 semanas de gravidez. Foram 35 semanas a colocar de parte 10€ por semana e mais uns trocos, sempre que podíamos. No final, contámos 428€.

2. Fazer lista do enxoval do bebé

  • Fazer uma lista de compras é fundamental ou vão correr a comprar tudo o que aparecer à frente para bebés: o marketing existente para o casal grávido é gigante! Parecem ratoeiras 🙂

Consultar artigo «Lista do enxoval do bebé»

Por exemplo:

O berço foi emprestado – colocámos de parte 250€ como se comprássemos um berço novo;

A banheira foi comprada em 2ª mão e custou 10€. Se comprássemos, íamos gastar, pelo menos 50€ (que colocámos na caixa poupança).

3. Pedir ajuda a familiares

  • Frequentemente, os familiares têm gosto em colaborar no enxoval do bebé. Além disso, alguns perguntam frequentemente o que precisamos: E que tal pedirem uma contribuição na caixa poupança?

4. Aproveitar as promoções em artigos para o bebé

  • Estar em cima do acontecimento é fundamental. Ou seja, procurar seguir de perto as marcas que privilegiamos é meio caminho andado para não perdermos uma promoção em determinado artigo que agora ou daqui a um tempo será essencial para o nosso bebé.

5. Privilegiar compras online


  • Atualmente, comprar online mostra ser mais económico do que em loja física: online temos tendência a pesquisar apenas aquilo que precisamos; em contrapartida, presencialmente acabamos por ver sempre algum artigo a mais e, sem darmos conta, gastamos mais dinheiro do que imaginávamos.

6. Arranjar outras estratégias de poupança

  • Definir valor para colocarem na caixa poupança semanalmente mostra ser uma excelente opção para amealharem mais dinheiro;
  • Ponderar relativamente a pequenas coisas do dia-a-dia: é mesmo preciso comprar certo artigo? Que opções podem ser evitadas de forma a juntar mais dinheiro na caixa poupança?

Após o parto, a poupança semanal de 10€ terminou. Iniciámos uma poupança semanal de 20€ por cada semana de sucesso na amamentação (como se tivéssemos de comprar uma lata de leite artificial por semana), até ao fim da licença parental inicial: foram 27 semanas a amamentar o João Maria até iniciar a licença parental alargada: juntámos 540€.

No total, conseguimos juntar na caixa poupança cerca de 1300€.

7. Planear a vida depois da licença parental inicial

  • Ou seja, uma coisa é ficarmos mais 30, 45, 60 ou 90 dias em casa com o nosso bebé e, de vez em quando, irmos com ele ao parque ou à praia (não me refiro ao tempo de pandemia em que todos fomos “obrigados” a parar e isso facilitou a poupança, no que diz respeito a gastos excedentes); 
  • Outra coisa é todos os dias gastarmos gasóleo em saídas que, mal ou bem acabam por também nos fazer gastar dinheiro adicional.

Como vos disse, mesmo antes da pandemia, já tinhamos decidido que eu ficaria com a licença parental alargada. Já tinhamos igualmente definido que, nos 90 dias de licença alargada, eu procuraria sair pouco com o bebé para saídas “desnecessárias” (todas são necessárias, mesmo aquelas em que “só” bebemos café com amigas. Vocês entenderam a expressão) 🙂

Contudo, são muitos os casais que não conseguem usufruir da licença parental alargada e eu quero frizar que esses não são piores pais do que os que ficam mais 30, 60 ou 90 dias com o seu filho em casa. Este artigo pretende, unicamente, passar estratégias de poupança para todos aqueles que querem e, fazendo contas, podem usufruir deste tempo excedente com o seu bebé.

E aí em casa, como tem sido a gestão familiar e qual a decisão que tomaram relativamente à licença parental?


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