Ontém foi o primeiro dia do João Maria na piscina (meio dia, aliás). Eu e o meu marido falámos com a avó paterna e decidimos, em conjunto que, depois de 2 meses de quarentena, finalmente íamos “lá a casa”. Na verdade, não entrámos em casa. Optámos por nos restringir ao espaço exterior, que é amplo e tem muitas sombras. O dia previa-se excelente e, portanto, não havia razão para alarme se garantíssemos, todos, medidas de higiene das mãos e distanciamento físico.
Riscos todos corremos na ida ao supermercado, ao banco ou simplesmente ao caixote do lixo partilhado por tantos vizinhos. A vida tem de seguir. Não nos podemos esquecer do Coronavírus, mas os nossos bebés precisam de ver outras pessoas. CLARO, EM SEGURANÇA!
E para isso, não são precisas grandes moradias com jardins espaçosos. Podemos combinar um picnic num espaço amplo, como tantos existentes em Portugal.
Chegámos a casa da avó Fátima antes das 10h. Faltava pouco para as horas de maior calor e por isso fomos logo diretos à piscina 🙂 Mas antes, já tinhamos conversado em casal dos cuidados imprescindíveis com o bebé na ida à piscina.
Deixo-vos os cuidados essenciais, relacionados com os 8 PRINCIPAIS PERIGOS INERENTES A UM DIA NA PISCINA:
AFOGAMENTO
- Colocar braçadeiras ou colete salva-vidas no bebé (optei por colete salva-vidas, que protege melhor a cara em caso de, acidentalmente, o bebé se debruçar para a frente dentro de água). As braçadeiras são perfeitamente seguras, até porque não é suposto o bebé ficar dentro da piscina sozinho;
- Evitar colocar o bebé dentro de bóias (o risco de o bebé se virar e não conseguir resolver a situação é maior neste caso);
- NUNCA DEIXAR O BEBÉ SOZINHO DENTRO DA PISCINA, mesmo com braçadeiras ou colete salva-vidas;
- Não deixar o bebé sozinho, em momento algum, à borda da piscina;
- Se o bebé já gatinha, não deixar, em momento algum, o bebé sozinho, sob pena de cair à piscina.
QUEIMADURA SOLAR
- Não expôr o bebé à radiação solar direta nas horas de maior calor (11-16h), nem mesmo à sombra de chapéu. Neste dia mantivémos o João Maria por baixo do alpendre da casa da avó, junto a uma das entradas da casa, sempre com sombra;
- Colocar protetor solar no bebé, pelo menos 10 minutos antes da exposição solar (preferencialmente protetor solar mineral fator 50 apropriado para bebés);
- Manter sempre t-shirt e chapéu no bebé, mesmo nas horas de menor calor;
- Não manter o bebé mais de 10-15 minutos à exposição solar direta, mesmo nas horas de menor calor.
IRRITAÇÃO DA PELE
Como qualquer outro produto, o cloro pode causar irritação ou alergia na pele do bebé. Por este motivo, é crucial que o primeiro contacto do bebé com a água de uma piscina seja o mais cautelosa possível.
É importante a verificação do cloro com garantia de pH neutro.
- Em caso de reação na pele do bebé posterior à ida à piscina, ponderar possibilidade de ser reação ao cloro e em caso de o bebé manifestar desconforto ou outra sintomatologia associada:
Ligar S24 ou 112
HIPOTERMIA
- O primeiro contacto do bebé com a piscina deve ser feito com calma. O pai ou a mãe (habitualmente quem acompanha o bebé neste primeiro contacto) deve salvaguardar-se que a temperatura da água não é inferior a 22ºC, idealmente 25ºC;
- O bebé não deve permanecer mais de 10 minutos com o corpo submerso no interior da piscina, sob pena de diminuir bruscamente a sua temperatura corporal;
- É essencial os pais/cuidadores estarem atentos aos principais sinais de hipotermia: tremor corporal, lábios arroxeados, palidez da pele e das mucosas.
DESIDRATAÇÃO
A desidratação não ocorre unicamente pela oferta insuficiente de água ao bebé, mas também pelas alterações na composição corporal do bebé decorrentes do calor. Deste modo, é fulcral:
- Garantir que o bebé não é exposto à radiação solar direta nas horas de maior calor (11-16h) e, se possível, que permanece, durante esse tempo em zonas mais frescas e com circulação de ar;
- Oferecer com regularidade água ao bebé (mesmo sem o bebé pedir).
Consultar artigo «Quando e porque dar água ao bebé? 4 vantagens e 5 estratégias úteis»
QUEDA
- Não deixar o bebé em cima da espreguiçadeira;
- Não deixar o bebé sozinho, em momento algum, à borda da piscina;
- Se o bebé já gatinha, não deixar, em momento algum, o bebé sozinho, sob pena de cair à piscina.
TRAUMATISMO
- Não deixar o bebé, em momento algum sozinho dentro da piscina ou junto às bordas da mesma;
- Se já gatinha, não deixar o bebé, em momento algum, sozinho.
INGESTÃO ACIDENTAL DE PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NAS PISCINAS
- Ter todos os produtos químicos em local trancado e afastado do bebé.
Curiosidade
Quando posso levar o bebé à piscina?
Não havendo idade estipulada para este fim, aconselha-se não levar o bebé antes dos 6 meses a entrar na piscina e à exposição solar direta.
Baseado nas recomendações da APSI (associação para a promoção da segurança infantil)
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