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Uma mãe que nasce

Uma mãe que nasce

Abr 3, 2020

A minha vida antes da maternidade era tão diferente! Antes, vivia em prol da profissão e adorava o meu dia-a-dia. No meu vocabulário só se falava de Enfermagem e de saúde e confesso que era feliz assim. Às vezes dava comigo a questionar-me se seria uma pessoa normal, porque afinal de contas não sabia quase mais nada do que se passava no Mundo. As notícias podiam estar a passar na televisão à hora do jantar e eu até podia estar a vê-las, mas quando falava com alguém sobre as mesmas, o que me ficava na memória era, claro, o relacionado com a saúde.

Cerca de 3 anos antes de engravidar, comecei a interessar-me por novos hábitos de vida, relacionados com alimentação e exercício físico. Isso já me permitiu descentralizar um pouco do trabalho.

Quando engravidei, o foco começou a ser outro: as minhas pesquisas e a observação que diariamente fazia eram muito relacionadas com bebés, pais e mães. Quando íamos sair, fosse para onde fosse, se uma grávida passava, eu estava muito mais atenta e confesso que o meu marido também 🙂 Quando fiquei de baixa de alto risco, aos 5 meses e pouco de gravidez, ficando em casa sozinha, aproveitei para fazer muitas coisas que antes não tinha tanto tempo: a pensar no quarto do bebé e a ver as lojas mais económicas onde comprar o enxoval; a procurar pessoas amigas que quisessem dar ou vender coisas de bebé em segunda mão; a pesquisar os temas que mais me preocupavam na maternidade, como o aleitamento materno, o sono do bebé, as visitas de familiares e estratégias para lidar com as opiniões alheias 🙂 E claro, a orientar a minha casinha da maneira que me era possível, agora que tinha tempo para passar a roupa a ferro e para fazer pequenas coisas em casa que antes não tinha tanta possibilidade.

Curiosamente, muitas das preocupações dos pais nesta fase, não eram as minhas. Talvez porque diariamente lido com bebés a chorar, com cólicas, com gastroenterite, com dificuldades na alimentação, entre outras patologias que, mal ou bem, me dão outra preparação para lidar com essas situações no dia-a-dia como mãe.

Mas no fundo no fundo… O meu foco diário deixou de ser a profissão e passou a ser o meu filho. Quando ele nasceu então, parece que o Mundo desapareceu e só ele e o que para ele era essencial se tornou importante também para mim. Isto claro, de forma saudável, nos seus primeiros meses de vida. Porque é fulcral que comecemos como mães e pais a fazer o que nos dá prazer e a sair um bocadinho do mundo de fraldas e maminhas, para bem da nossa saúde mental :p

E vocês mães, como nasceu em vós a mãe que são hoje?

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6 Comments

  1. Tânia Abrigada

    O seu comentário aguarda moderação.
    Revejo-me em cada palavra! Quando nasce um bebé, há uma mãe que nasce, sem dúvida! ❤️ Há um amor que não se explica e que nem sabíamos existir! É visceral! Vem de dentro de nós e não há termo de comparação! Na minha opinião, torna-nos melhores pessoas, ou pelo menos no meu caso, acho que isso aconteceu! Define prioridades, descobrimos o nosso verdadeiro eu, percebemos quem está connosco, quem são os nossos amigos! Afasta uns quantos mas aproxima os verdadeiros e não há melhor do que isso! Felizmente tive a sorte e o privilégio de viver a experiência da maternidade ao mesmo tempo que algumas amigas (tu incluída ❤️) e sem dúvida que isso foi ainda mais maravilhoso! Partilhar experiências, sentimentos, aprender umas com as outras! Só te posso agradecer, por tudo! Pela amizade, dedicação, por estares sempre presente! E tenho a certeza, que tal como me ajudas diariamente, ajudarás muitas mães e muitos pais com todas as tuas partilhas ❤️ Só posso agradecer e dar-te os parabéns pela maravilhosa pessoa que és, amiga, mãe e excelente enfermeira ❤️

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    • admin

      Nasce uma mãe, nascem medos, inseguranças, mas cresce um amor sem fim. Agora somos e seremos as pessoas mais importantes para os nossos filhos. Vivenciar esta fase com pessoas tão apaixonantes deixa-me ainda mais feliz!
      Obrigada pelo comentário, pela partilha, por todas as partilhas diárias <3

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  2. Andreia Frazão Belo

    Mães de primeira vez têm muitas dúvidas. Eu sei que tive! Uma constante eram as bronquiolites constantes que o meu primeiro filho apresentava. Até agora sempre me perguntei porque… só precisei de ler as primeiras linhas deste blog! Ele foi prematuro 35s. Obrigada
    Excelente trabalho.

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    • admin

      Os nossos principes guerreiros são e serão sempre os bebés prematuros. Um organismo mais imaturo faz deles bebés mais propensos à infeção. E os pais são os grandes heróis, que lutam diariamente e mantém as forças mesmo quando tudo parece estar a desabar. Obrigada pela partilha.

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  3. Claudia Amaral

    Adoro adoro adoro!!
    O título, o tema em si e a ti, mt! ❤️
    Amo o papel de mãe, + do que qq outro! C/ tds os seus sabores e dissabores, amores e desafios.
    Mt grata pela oportunidade e verdadeiramente apaixonada.

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    • admin

      É a maior benção da vida, sem dúvida alguma. Ser-nos dada a oportunidade de vivenciar a maternidade é qualquer coisa de único e especial. Muito desafiante, o papel mais desafiante das nossas vidas. Mas vale tudo 🙂 Obrigada pela partilha <3

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