A minha vida antes da maternidade era tão diferente! Antes, vivia em prol da profissão e adorava o meu dia-a-dia. No meu vocabulário só se falava de Enfermagem e de saúde e confesso que era feliz assim. Às vezes dava comigo a questionar-me se seria uma pessoa normal, porque afinal de contas não sabia quase mais nada do que se passava no Mundo. As notícias podiam estar a passar na televisão à hora do jantar e eu até podia estar a vê-las, mas quando falava com alguém sobre as mesmas, o que me ficava na memória era, claro, o relacionado com a saúde.
Cerca de 3 anos antes de engravidar, comecei a interessar-me por novos hábitos de vida, relacionados com alimentação e exercício físico. Isso já me permitiu descentralizar um pouco do trabalho.
Quando engravidei, o foco começou a ser outro: as minhas pesquisas e a observação que diariamente fazia eram muito relacionadas com bebés, pais e mães. Quando íamos sair, fosse para onde fosse, se uma grávida passava, eu estava muito mais atenta e confesso que o meu marido também 🙂 Quando fiquei de baixa de alto risco, aos 5 meses e pouco de gravidez, ficando em casa sozinha, aproveitei para fazer muitas coisas que antes não tinha tanto tempo: a pensar no quarto do bebé e a ver as lojas mais económicas onde comprar o enxoval; a procurar pessoas amigas que quisessem dar ou vender coisas de bebé em segunda mão; a pesquisar os temas que mais me preocupavam na maternidade, como o aleitamento materno, o sono do bebé, as visitas de familiares e estratégias para lidar com as opiniões alheias 🙂 E claro, a orientar a minha casinha da maneira que me era possível, agora que tinha tempo para passar a roupa a ferro e para fazer pequenas coisas em casa que antes não tinha tanta possibilidade.
Curiosamente, muitas das preocupações dos pais nesta fase, não eram as minhas. Talvez porque diariamente lido com bebés a chorar, com cólicas, com gastroenterite, com dificuldades na alimentação, entre outras patologias que, mal ou bem, me dão outra preparação para lidar com essas situações no dia-a-dia como mãe.
Mas no fundo no fundo… O meu foco diário deixou de ser a profissão e passou a ser o meu filho. Quando ele nasceu então, parece que o Mundo desapareceu e só ele e o que para ele era essencial se tornou importante também para mim. Isto claro, de forma saudável, nos seus primeiros meses de vida. Porque é fulcral que comecemos como mães e pais a fazer o que nos dá prazer e a sair um bocadinho do mundo de fraldas e maminhas, para bem da nossa saúde mental :p
E vocês mães, como nasceu em vós a mãe que são hoje?
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Revejo-me em cada palavra! Quando nasce um bebé, há uma mãe que nasce, sem dúvida! ❤️ Há um amor que não se explica e que nem sabíamos existir! É visceral! Vem de dentro de nós e não há termo de comparação! Na minha opinião, torna-nos melhores pessoas, ou pelo menos no meu caso, acho que isso aconteceu! Define prioridades, descobrimos o nosso verdadeiro eu, percebemos quem está connosco, quem são os nossos amigos! Afasta uns quantos mas aproxima os verdadeiros e não há melhor do que isso! Felizmente tive a sorte e o privilégio de viver a experiência da maternidade ao mesmo tempo que algumas amigas (tu incluída ❤️) e sem dúvida que isso foi ainda mais maravilhoso! Partilhar experiências, sentimentos, aprender umas com as outras! Só te posso agradecer, por tudo! Pela amizade, dedicação, por estares sempre presente! E tenho a certeza, que tal como me ajudas diariamente, ajudarás muitas mães e muitos pais com todas as tuas partilhas ❤️ Só posso agradecer e dar-te os parabéns pela maravilhosa pessoa que és, amiga, mãe e excelente enfermeira ❤️
Nasce uma mãe, nascem medos, inseguranças, mas cresce um amor sem fim. Agora somos e seremos as pessoas mais importantes para os nossos filhos. Vivenciar esta fase com pessoas tão apaixonantes deixa-me ainda mais feliz!
Obrigada pelo comentário, pela partilha, por todas as partilhas diárias <3
Mães de primeira vez têm muitas dúvidas. Eu sei que tive! Uma constante eram as bronquiolites constantes que o meu primeiro filho apresentava. Até agora sempre me perguntei porque… só precisei de ler as primeiras linhas deste blog! Ele foi prematuro 35s. Obrigada
Excelente trabalho.
Os nossos principes guerreiros são e serão sempre os bebés prematuros. Um organismo mais imaturo faz deles bebés mais propensos à infeção. E os pais são os grandes heróis, que lutam diariamente e mantém as forças mesmo quando tudo parece estar a desabar. Obrigada pela partilha.
Adoro adoro adoro!!
O título, o tema em si e a ti, mt! ❤️
Amo o papel de mãe, + do que qq outro! C/ tds os seus sabores e dissabores, amores e desafios.
Mt grata pela oportunidade e verdadeiramente apaixonada.
É a maior benção da vida, sem dúvida alguma. Ser-nos dada a oportunidade de vivenciar a maternidade é qualquer coisa de único e especial. Muito desafiante, o papel mais desafiante das nossas vidas. Mas vale tudo 🙂 Obrigada pela partilha <3